Ex-apresentador do Globo Esporte, Ivan Moré foi assaltado em São Paulo no último fim de semana. Em vídeo publicado nas redes sociais, o jornalista contou que teve dois revólveres apontados para a cabeça e a boca no momento em que estava a caminho da casa de um amigo na Chácara Inglesa, bairro da zona sul da capital paulista. Os criminosos levaram o carro, documentos, celular e joias.
O ex-contratado da Globo registrou um boletim de ocorrência no domingo (2) e conseguiu votar nas eleições mesmo sem título de eleitor e documento de identidade físicos. “Foi um momento traumático. Foi mais apavorante, pois ano passado estava na presença dos meus filhos”, disse ele, que também precisou bloquear o celular e as contas bancárias. É o segundo assalto que Ivan Moré sofre em menos de um ano. Em novembro de 2021, ele foi roubado quando estava com os filhos.
“Os bandidos inclusive estavam mais nervosos, com revólveres, puxaram minha corrente que caiu no chão, me ameaçaram. Temia realmente levar um tiro na cabeça, pois eles estavam muito nervosos”, relatou o apresentador. Ivan contou que a corrente que usava no momento do assalto era um presente dado por Lucas do Valle, neto do narrador Luciano do Valle (1947-2014). Ele morreu em outubro do ano passado após ser baleado num assalto, também na cidade de São Paulo. “Ele não teve a mesma sorte que tive”, desabafou Moré.
“Foi um episódio que me deixou um pouco assustado, mas, olhando o lado positivo, estou bem, com meus filhos e preservado. Tudo que foi levado, meu carro e bens materiais, podem ser recuperados. Meu estado mental e físico está bem”, disse ele. “O fato é que estamos vivendo em uma cidade muito violenta, e nunca achei que aconteceria comigo duas vezes seguidas. Bem assustado, triste, mas esperançoso de que vai melhorar”, finalizou.
Ivan Moré trabalhou como repórter e apresentador da Globo de 2004 a 2019. Em março de 2021, o comunicador entrou com processo trabalhista contra a emissora reivindicando o reconhecimento de vínculo empregatício e o pagamento de direitos. Por ter um contrato de Pessoa Jurídica (PJ), ele não recebia 13º salário ou exigências de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O jornalista alegou que havia vínculo de trabalho com a empresa uma vez que ele era obrigado a cumprir uma escala de horário e tinha subordinação a seus chefes, algo que não deve acontecer com quem presta serviço.