A população do Rio de Janeiro se assustou ao ver símbolos nazistas expostos em faixas no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (28). De acordo com informações do Notícias da TV, do UOL, o material faz parte da cenografia de O Anjo de Hamburgo, que está sendo gravada pela Globo em parceria com a Sony. A série é produzida em inglês.
Em nota enviada ao Notícias da TV, a assessoria de imprensa do governo fluminense explicou: “O Palácio Laranjeiras está sendo usado como locação para a série O Anjo de Hamburgo, produzida pela Globo em parceria com a Sony Pictures Television. A série conta a história de Aracy de Carvalho, que salvou a vida de judeus na Alemanha durante a 2ª Guerra Mundial”.
Os moradores da cidade do Rio foram pegos de surpresa com os símbolos nazistas expostos no prédio. No Instagram, o humorista Gregorio Duvivier publicou uma foto do local. “Enquanto isso, no Palácio das Laranjeiras… Deve ser uma filmagem, mas combina com muita gente que morou ali”, escreveu no registro.
Pouco conhecida em seu país de origem, a brasileira Aracy de Carvalho foi uma mulher corajosa e destemida. Inconformada com o regime nazista terá, pela primeira vez, sua história retratada em uma série. Criada e escrita por Mario Teixeira, com colaboração da autora inglesa Rachel Anthony, e dirigida por Jayme Monjardim, O Anjo de Hamburgo é a primeira série totalmente em língua inglesa da Globo, em parceria com a Sony Pictures Television (SPT).
A série vai narrar a ousadia de Aracy, então funcionária do Consulado Brasileiro na Alemanha, para ajudar mais de centenas de famílias de judeus que precisavam fugir da guerra. Àquela época, o Brasil, assim com outros países, impunha regras rígidas para a imigração de judeus; regras que Aracy fazia o impossível para contornar e garantir a segurança de pessoas que ela sequer conhecia.
“Quando conheci a história desta mulher incrível, que nos mostra como a esperança e o amor podem vencer o ódio, me senti determinado a contá-la para o mundo. Aracy é pouco conhecida no Brasil e em geral, as pessoas se lembram dela como a esposa do escritor Guimarães Rosa. Esperamos que, com cuidado e respeito, possamos mostrar a mulher por quem ele se apaixonou quando viveu na Alemanha, ocupando o cargo de cônsul-adjunto. Uma mulher inteligente, empática, batalhadora e que não cruzou os braços diante do que via ao seu redor. Uma verdadeira heroína que nunca quis publicidade para seus feitos. Aracy sempre foi uma pessoa extremamente discreta. Hoje, é nosso trabalho mostrar como, com coragem, determinação e um amor sem igual pelas pessoas, ela conseguiu mudar o destino de tanta gente”, explica Jayme Monjardim, diretor artístico da série.