Ex-integrante do Legendários (2010-2017), João Gordo deixou a MTV Brasil (1990-2013) para trabalhar na Record após receber um convite de Marcos Mion. O vocalista da banda Ratos do Porão imaginou que fosse sofrer algum tipo de censura por parte da emissora paulista, conhecida por ter vários religiosos da Igreja Universal do Reino de Deus em cargos da alta cúpula. Apesar do receio, ele aceitou a proposta por causa do salário de R$ 50 mil. No entanto, ele disse que sentia vergonha do programa.
João Gordo foi convencido por Mion com a ideia de que o Legendários seria “o melhor do mundo”, por misturar formatos de atrações que eram sucesso na época, como o Pânico (2003-2012) e o CQC (2008-2015). Para isso, ele precisaria trabalhar apenas dois fins de semana por mês para faturar um alto salário na Record. “Fiquei quatro anos morrendo de vergonha ali, mas foi super suave na parte da casa. Ninguém me encheu o saco, ninguém fez porra nenhuma. Era cheio de capeta lá, e ninguém fazia nada”, lembrou.
O ex-VJ da MTV ficou surpreso com o convite da rede do bispo Edir Macedo porque ele era contra a religiosidade da emissora. Em entrevista ao podcast Inteligência Limitada, no YouTube, João Gordo contou ainda que tinha um canal em que ele debochava dos cultos da instituição religiosa, mas que nunca houve censura nem puxão de orelha por causa disso. No Legendários, ele comandava um quadro de humor que abordava política e assuntos sociais.
Ele disse que não gostava dos convidados da atração e que era obrigado por Mion a cantar com eles. O comunicador e músico disse ter “passado vergonha” ao lado de famosos como Ivete Sangalo, Netinho e Claudia Leitte. “O pessoal gostava de mim, sempre fui simpático, só que era meio ruim, eu tinha vergonha do programa. Precisava ir um fim de semana sim, outro não, para participar de umas lives. Até inventei que eu estava doente e não podia ir… Me dava vergonha”, contou João Gordo.
