Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso concederam uma entrevista ao GNT para a série documental Histórias de Família. A apresentadora relembrou um caso de racismo que a filha, Titi, sofreu logo quando foi adotada e os questionamentos que o casal recebeu com a adoção. “Minha filha foi xingada, foi vítima de racismo, com 3 anos”, relatou.
“Isso foi muito forte pra gente. A gente tinha acabado de passar por todo esse processo [de adoção]. Se demorou um ano e meio e a gente conheceu ela com 1 ano e meio, ela estava com 3 quando chegou aqui. Foi assim que ela chegou. Pra gente foi uma porrada muito grande. Logo depois que a gente chegou e as pessoas descobriram, falaram também: ‘Por que da África, e não do Brasil?'”, pontuou.
Bruno Gagliasso afirmou que sentiu vergonha ao ver a filha sofrendo. “Isso foi muito forte. Eu fui criado de uma maneira para não enxergar isso. Não só não enxergar, mas até de certa forma cutucar, com expressões erradas, não olhando para o outro. Eu sinto muita vergonha de ter que ter tido o meu grande amor passando por isso para enxergar. Isso durante muito tempo me consumia mesmo, eu ficava mal”, declarou.
“Foi um choque, uma porrada. A gente não achou que fosse como é. A gente imaginava, mas, quando tem alguém que a gente ama que passa, a gente se culpa muito. Por que a gente foi enxergar isso, o quão cruel é, só através da nossa filha, através do amor? É maravilhoso a gente conseguir enxergar isso. A gente sente muita culpa. Sente vergonha também às vezes”, relatou Giovanna Ewbank.