Galvão Bueno desistiu de deixar a Globo no final do ano, após a Copa do Mundo do Catar. O narrador e a emissora renovaram contrato até o fim de 2024. No entanto, ele não comandará mais transmissões de jogos. Com o novo acordo, o comunicador poderá fazer trabalhos em plataformas de streaming sem a aprovação prévia da empresa. A presença do apresentador na equipe de cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris também está garantida.
De acordo com informações publicadas pelo colunista Gabriel Vaquer, do Notícias da TV, Galvão também será a voz oficial de produtos e chamadas institucionais do Esporte da Globo, como, por exemplo, para divulgação de campeonatos. Com a função, já feita atualmente nas chamadas da Copa do Catar, ele continuará sendo o principal nome da companhia no departamento. A aposentadoria do profissional só vai acontecer mesmo nas narrações –ele deixará de comandar transmissões de jogos ao vivo.
O novo contrato entre Galvão Bueno e a Globo já está conversado e falta apenas a assinatura do documento, que deverá ocorrer antes da Copa do Mundo do Catar, que acontece a partir de 20 de novembro. Nos últimos dias ele tem se preparado fisicamente para chegar ao Mundial com uma boa voz. As partes mudaram de ideia de encerrar a parceria por causa da quantidade de ideias de novos projetos que surgiram para os próximos anos.
No novo acordo, Galvão dará prioridade na TV aberta para projetos idealizados por ele na Globo. Já para trabalhos na TV paga, a emissora terá direito de vetar participação em alguma produção de outro veículo. No caso de plataformas de streaming, ele terá total liberdade de aceitar propostas, sem a necessidade de consulta prévia. O contrato também estabeleceu que ele vai participar da cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris como apresentador e comentarista em programas especiais.
Galvão Bueno começou a carreira na Rádio Gazeta de São Paulo, em 1974. Na emissora, participou do programa Mesa Redonda, onde cobriu a Copa do Mundo daquele ano. Em 1977, foi contratado pela Record, onde ficou por apenas dois meses. No final do mesmo ano, foi para a Band, onde participou como comentarista da Copa de 1978. O jornalista fez sua estreia como narrador em 1980, quando a emissora paulista comprou os direitos de transmissão da Fórmula 1. Em 1981, Galvão foi contratado pela Globo. Seu primeiro trabalho na emissora líder foi com a narração da partida entre o Flamengo e o Jorge Wilstermann, da Bolívia, pela Libertadores.