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Ex-apresentadora do Globo Esporte processa emissora por assédio

Ex-apresentadora do Globo Esporte em Minas Gerais, Carina Pereira entrou com um processo contra a emissora na Justiça Trabalhista e pede indenização de mais de meio milhão de reais.

Em janeiro de 2021, logo após deixar a líder de audiência, a jornalista fez um desabafo nas redes sociais em que revelou ter sofrido assédio moral por parte de seu chefe.

De acordo com informações reveladas por Sandro Nascimento e Jéssica Alexandrino, do site NaTelinha, a profissional também cobra a Globo por acúmulo de funções, horas extras, adicional noturno, feriados, abono e participação nos lucros.

A jornalista alega que nos quase oito anos que foi funcionária da Globo desempenhou funções de redatora, repórter, setorista e apresentadora.

Ela pede na ação a emissora seja condenada a remunerá-la pelo exercício de todos esses cargos.

No caso da jornada de trabalho, a ex-apresentadora do Globo Esporte reclama que em seu contrato constava que ela não deveria exceder o limite máximo de horas semanais previsto em lei.

No entanto, a jornalista afirma que os expedientes sempre se estenderam além do horário previsto e que ela nunca recebeu por isso, já que cumpria ordens de seus superiores.

De acordo com os autos processuais, Carina Pereira chegou a trabalhar das 7 às 16h, de segunda a sexta-feira, enquanto era titular do noticioso esportivo. Aos sábados, os horários variavam.

Ainda segundo a publicação, a apresentadora destaca que não usufruía do intervalo intrajornada e nem dos 15 minutos de descanso diários aos quais tinha direito por lei.

No caso da reclamação sobre o adicional noturno, se refere ao período em que ela esteve à frente do Bom Dia Minas, quando começava o expediente ainda de madrugada. Além disso, antes de ser efetivada como apresentadora, os feriados eram considerados como dias de trabalho.

Mas, segundo a defesa, as folgas compensatórias não eram concedidas pela Globo de Minas Gerais. Além do pagamento dos dias trabalhados, ela também pede o pagamento de abono e a participação nos lucros e resultados da empresa.

Nos últimos dois anos de trabalho na Globo, Carina afirma que sofreu assédio por parte de colegas e de um superior. A ex-titular do Globo Esporte relata que ouvia piadas de cunho machista e sexista e também era constantemente censurada.