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Diretor da Record é condenado a pagar indenização para Gleisi Hoffmann por comentários sexistas

Augusto Nunes ocupa cargo de diretor de redação do portal R7, da Record (foto: Edu Moraes/Record)

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Augusto Nunes, diretor de Redação do R7, da Record, foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 30 mil à presidente do PT, Gleisi Hoffmann. No processo, a deputada federal pediu indenização por danos morais depois de ser chamada repetidas vezes de “amante” em textos publicados por Nunes nos portais da revista Veja e no próprio R7.

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinaram que o acórdão condenatório seja publicado “pelo período mínimo de 30 dias” em todos os veículos em que “as ofensas foram divulgadas”.

Para Alvaro Ciarlini, desembargador, “o sentido infamante e desrespeitoso adotado pelo réu [Augusto Nunes] se encontra carregado de conteúdo misógino e sexista, puramente com o intuito de agredir a demandante”. Ainda segundo a decisão do magistrado, o colunista da Record “abusou do seu direito à liberdade de expressão”.

Ciarline ainda ressalta que Nunes fazia questão de mencionar que Gleisi era “conhecida pelo codinome amante no departamento de propinas da Odebrecht”, de acordo com investigação da Operação Lava Jato. Porém, o jornalista usou a expressão 72 vezes, em textos que não estavam relacionados às investigações sobre a construtora.

“O aludido termo foi atribuído à apelante dezenas de vezes no período compreendido entre dezembro de 2018 a julho de 2019. Nesse contexto, evidencia-se que a palavra ‘amante’ deixou de ser utilizada com o intuito de informar o leitor a respeito da operação policial que envolveu a sociedade empresária Odebrecht”, afirma o desembargador na decisão.

Além da direção de redação do R7, Augusto Nunes também é colunista do Jornal da Record e foi anunciado em março como novo âncora do Jornal da Record News, apesar de até hoje ainda não ter estreado no comando do telejornal. “A inquietação criativa é uma das inúmeras virtudes que explicam por que a Record é sempre contemporânea do mundo ao redor. Sou fascinado por experiências inovadoras. E é uma honra participar de um time que se reinventa o tempo todo”, afirmou o jornalista na época em que foi anunciado pela Record.

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