Já imaginou Joel Datena, conhecido por seu trabalho em telejornais populares, como um participante do Largados e Pelados? Em um bate-papo exclusivo com o repórter Deivisson Santos, do TV Pop, o filho de José Luiz Datena contou que está tentando convencer a sua mulher (a também jornalista Mélany Bessa) a participar do reality show. “Adoro aquele programa! Aquele programa é viciante no bom sentido. O fato daquela galera estar na natureza, eu me identifico com aquilo. Eu fico vendo aqueles peladões o dia inteiro na televisão”, revelou o apresentador.
Ainda durante a entrevista exclusiva, Joel Datena contou detalhes sobre o seu novo programa de entretenimento. Ele afirma que o projeto tem tudo a ver com ele e que já conta com o apoio do mercado publicitário, mesmo antes da novidade ganhar uma data de estreia. “É um negócio que tem tudo a ver comigo e eu estou muito feliz de fazer parte de um novo projeto e é uma pena que eu não possa divulgar tantas coisas. Muitas coisas ainda estão sendo elaboradas, aprimoradas e não seria legal, mas é algo muito bacana”, disse.
A seguir, assista ao vídeo do bate-papo do comunicador com Deivisson Santos. Se preferir, confira a versão transcrita da entrevista logo depois do player localizado abaixo deste parágrafo. Aproveite e se inscreva no canal do TV Pop no YouTube para saber em primeira mão (mesmo!) tudo que acontece no universo da televisão e das celebridades!
TV Pop: Que bom que você parou um pouquinho a sua rotina que a gente sabe que você pega pesado desde às 4h30 e você trabalha muito, depois volta para casa para ver sua família, nessa rotina doida que você conseguiu conciliar.
Joel Datena: É um prazer enorme, eu te agradeço muito por poder expor um pouco pra essas pessoas que acompanham a gente um pouco da nossa intimidade. Às vezes a gente só fica na televisão ou na rádio falando das notícias importantes do dia a dia e nos esquecemos dos bastidores. Acho que desperta curiosidade de muita gente isso.
Joel, já que você falou um pouco sobre intimidade… O que você gosta de fazer fora da televisão. A gente está tão acostumado a ver você de terno e gravata, mas o que você gosta de fazer depois que você dá tchau para a Band?
Eu procuro não me envolver mais com notícias, por incrível que pareça. Antes eu ficava muito ligado, sabe? Vendo a todo minuto os sites, principalmente. Hoje em dia eu procuro me desligar quando eu saio da emissora e quando eu tenho folga, eu gosto de estar em contato com a natureza. Eu adoro os bichos, adoro os animais, adoro estar à beira do rio. Sempre que eu posso eu vou para o meu sítio e fico isolado. Eu gosto de ficar completamente distante desse mundo que a gente vive no dia a dia. Parece que prepara a gente ainda mais para continuar no nosso trabalho…
Se você entrar em um ciclo, talvez em um ciclo vicioso, isso vai complicando, vai te deixando complicado, cansado, estafado a ponto de prejudicar mesmo o trabalho da gente. Eu procuro me desligar! Em casa, eu já chego e coloco uma cirola, uma camisa velha de preferência. Sabe aquela [camisa] rasgadinha? Eu vou, passo um cafézinho, como um sanduíche e fico vendo programa de gente pelada, sabe aquele Largados e Pelados? Adoro aquele programa! Aquele programa é viciante no bom sentido. O fato daquela galera estar na natureza, eu me identifico com aquilo. Eu fico vendo aqueles peladões o dia inteiro na televisão.
Se você fosse convidado para um programa tipo esse de Largados e Pelados, você iria?
Deixa eu te falar, eu até conversei com a minha esposa esses dias… Eu falei: oh, tô com vontade de me inscrever no Largados e Pelados. Ela falou: é? Se inscreva então. E eu tô pensando seriamente em me inscrever. Acho que eu me daria bem, viu? Peladão no meio da mata. Só que o duro é os pernilongos, você já viu? Os caras sofrem demais com insetos, borrachudos e tem aquele lance de ficar atrás de comida, fazer fogo e aquele lance de te desafiar. Eu acho bacana, eu gosto de ser desafiado. Sempre gostei, eu acho que quanto mais desafiado eu sou mais eu rendo.
Seja no jornalismo ou pessoalmente, você gosta de ser desafiado?
Com certeza, quando a gente entra em uma zona de conforto, tudo fica muito tranquilo e você não consegue se superar e render, quando eu sou instigado e testado, acho que é o momento que eu mais rendo. Eu gosto de ser desafiado, sempre gostei.
Qual a sua relação com a pesca? Foi a pesca que te levou para o mundo da comunicação, né?
Com certeza! A pescaria sempre fez parte da minha vida desde que eu me entendo por gente. Meus pais dizem o seguinte: quando eu tinha dois ou três anos de idade, eu pedi um aquário. Eu queria ter um aquário e ficava ali observando os peixes. Com o passar dos anos, eu fui criando mais afinidade com o mundo aquático, sou apaixonado pelo mundo aquático. A ponto de pescar e tentar entender tudo que envolve a pescaria. Não simplesmente pegar o peixe!
A pescaria por ela fazer parte de mim e por eu entender um pouco do assunto, ela me deu segurança para entrar na televisão. Eu sempre sonhei! Se você me perguntasse quando eu tinha 13 ou 14 anos o que eu queria ser quando fosse adulto, eu te responderia que queria fazer um programa de pesca na televisão. Quando eu tinha 20 anos de idade, eu me encontrei com um amigo que tinha o mesmo desejo e a gente fez um piloto de um programa e ficou legal. O programa virou e se transformou em um programa que existe até hoje conhecido como Coração de Pescador, é um dos principais programas do segmento disparado da história da pesca. Costumo dizer que a pescaria que me deu as ferramentas que tenho hoje para trabalhar com a televisão.
Com toda a certeza você ficou mais a vontade com as câmeras.
Com certeza, eu aprendi a lidar com a câmera, aprendi a lidar com os telespectadores que estão do outro lado da tela. Depois as coisas foram acontecendo até chegar onde eu estou hoje no jornalismo. A pesca foi fundamental para mim. Foi uma escola importantíssima e que me ensinou a lidar com as câmeras.
Adiantando um pouco a linha do tempo, depois com o passar dos anos você cobriu férias no Brasil Urgente e a Band gostou muito, o público gostou muito de te ver e a Band preparou o projeto do Bora SP e o Bora Brasil.
Foi o seguinte, tudo na minha vida foi baseado em etapas. Etapas mesmo! Degrauzinho por degrauzinho, tanto que eu demorei muito para chegar aqui em São Paulo por fazer questão de cumprir essas etapas todas. Eu já fiz tudo que você imaginar na televisão e no rádio. Já vendi publicidade e quantas vezes cheguei na porta de clientes e fiquei três ou quatro horas aguardando e levei um não depois? Quantas vezes já pedi para colocar o meu programa em determinado horário e tive uma negativa?
Eu consegui cumprir várias etapas e essas duas foram apenas algumas das tantas, né? Me chamaram uma vez lá em Goiás para fazer um programa de jornalismo. Eu rechacei de bate pronto e falei que não. Não curto isso… Meu negócio é natureza, meu negócio é turismo e pescaria em uma outra emissora, uma grande emissora. Acabou não dando certo e eu esqueci daquilo e continuei tranquilo na área. Depois veio um novo convite, o sujeito me viu trabalhando e queria que eu trabalhasse pra ele no jornalismo. Eu falei: cara, não quero, não posso.
Ele me fez uma proposta muito legal, uma proposta financeiramente muito legal que era me dar praticamente em troca o que eu pagava no horário para colocar o meu programa de pesca. Tava difícil pagar o horário, eu pensei em trabalhar no jornalismo pra ficar de graça o horário da pesca e eu tentar ganhar uma graninha ali. As coisas foram acontecendo até um dia que uma pessoa aqui de São Paulo me viu no ar e me chamou. Eu já fazia links na praça aqui para São Paulo e que ia para o Brasil inteiro. Vim, fiz um programa em um sábado e aparentemente fui bem, as pessoas gostaram e eu fiquei quase seis anos tapando buraco e fazendo final de semana e no meio do caminho eu gravava a pesca.
Até que surgiu um programa de domingo há três anos aqui na emissora com o Datenão. Ele foi fazer esse programa de domingo, abriu a brecha no Brasil Urgente. Eles precisavam de alguém para apresentar no programa diário e fiquei ali um ano quase. Um ano apresentando o Brasil Urgente e felizmente as coisas foram muito bem. O Datenão retornou do projeto e eles quiseram criar um projeto para mim pelo fato de eu ter ido bem. Eu fiquei muito feliz, é claro! Foi criado o Bora SP que é um programa com a nossa cara, nossa identidade e que foi se aperfeiçoando a tal ponto de ficar tão legal que criou-se a ideia de expandir para o Brasil inteiro e surgiu o Bora Brasil.
Hoje eu tenho três horas, eu e a nossa competente equipe, é claro. Três horas diárias. Sendo uma hora e meia para São Paulo e uma hora e meia para o Brasil. A história deu tão certo também que a rádio Bandeirantes estava de olho e resolveu colocar o Bora Brasil no ar e vai todos os dias das 13 às 15 horas. Hoje nós temos cinco horas ao vivo por dia no rádio e na televisão que é uma história muito bacana. Eu acho que são plataformas que se complementam.
É um público completamente diferente, mas como foi para você se adaptar? Primeiro você fala para o público de São Paulo, depois com o Brasil e depois vai para outro universo que é a rádio. Como é se adaptar para tudo isso?
Eu não me adapto e nem me readapto. Eu defendo uma tese de que o comunicador ele tem que ser ele e pronto. Agradando ou não, ele tem que ser ele próprio. O que eu sou na televisão, eu serei na internet, como sou na rádio hoje. É a mesma coisa! Acho que não tem adaptação. O que muda ali é a forma de tratar a notícia e você passar a notícia para o ouvinte ou para o telespectador. Vou te dar um exemplo que de manhã requer um jornalismo muito ágil e com um volume considerável de informações. Você não pode ficar um tempo muito grande em um determinado assunto. Você tem que abastecer o máximo possível aquele telespectador para que ele saia de casa com o máximo possível de informações.
Ele não tá querendo ficar ouvindo você falar 30 ou 40 minutos de um mesmo assunto, mas cabe as exceções, se tivesse algo muito diferente no mundo ou no Brasil, é claro que aquilo teria um atendimento diferente. É um pouco superficial devido a essa necessidade de volume no jornalismo matinal da televisão. De tarde, na rádio, eu tenho a condição de trabalhar um pouco mais aquelas notícias da manhã. Você se aprofunda um pouco mais, você tenta entender um pouco mais aquela notícia. A ponto daquilo reverberar novamente na televisão no outro dia. É muito legal e contagiante isso! Você ter a feliz oportunidade de fazer televisão e rádio juntos e a rádio Bandeirantes é o maior complexo de emissoras de rádio do Brasil, disparado. Tem quase cem anos de história. É um privilégio muito grande fazer parte do Grupo Bandeirantes de Comunicação… da TV Band e da Rádio Bandeirantes.
Saindo um pouquinho da televisão de novo, as suas redes sociais você sempre tenta mostrar um pouquinho de como é o bastidor e esses dias você mostrou até o seu camarim e muita gente deve ter curiosidade de ver e conhecer. E falando de outra plataforma: Joel Datena no TikTok? Conta como é isso!
Cara, você sabe que isso é um mundo novo, né? Eu sempre fui bem reticente quanto a essas coisas, mas eu entendo que ali tem um público que também tem curiosidade de entender e saber o que a gente faz. Existem muitas pessoas na internet que não assistem televisão. Eu percebi ali que é um momento legal para tentar me comunicar com essas pessoas também e da forma mais simples possível.
Sem construir muita coisa, eu sou muito fã da comunicação simples. Tanto que eu tenho um grande ídolo que é o Mazzaropi e até hoje eu assisto vídeos por ele ser genial. Ele fazia um filme há 50 anos e que a gente consegue assistir hoje! O cara fazia com uma câmera, ele sozinho ali com uma câmera e tamanha a genialidade dele que ele conseguia mostrar tanta coisa legal de um jeito simples.
É provável que a gente tenha novidades mais para frente com o Joel Datena? Migrando para o entretenimento?
Tem essa novidade que é eu interagir mais com a internet e a grande novidade é um programa novo que tá pintando aí… Mais pro segundo semestre, um programa que já tem patrocinadores, já tem estrutura, já tá tudo muito encaminhado. Eu acho que a galera que me acompanha e que me acompanhará daqui pra frente, todos ficarão muito satisfeitos.
É um negócio que tem tudo a ver comigo e eu estou muito feliz de fazer parte de um novo projeto e é uma pena que eu não possa divulgar tantas coisas. Muitas coisas ainda estão sendo elaboradas, aprimoradas e não seria legal, mas é algo muito bacana. Um programa que vai me deixar muito feliz. Espero que deixe as pessoas que acompanham a gente também no dia a dia, felizes.