NOTA DA REDAÇÃO: o apresentador Sikêra Jr. adiou a volta de suas férias para outra data, que você pode saber clicando aqui. O restante do texto continua válido e sem modificações.
Sikêra Jr. volta de férias nesta segunda-feira (1º) e, além do desafio de reerguer a audiência do Alerta Nacional, o comunicador terá que lidar com mais uma briga judicial. O ator Junno Andrade, que ganhou relevância ao engatar um namoro com Xuxa Meneghel, decidiu acionar a Justiça para exigir que ele deixe de apresentar o telejornal policial da RedeTV! imediatamente — ele afirma que a permanência do jornalista no noticiário pode trazer danos irreversíveis para a sua honra, já que o comunicador “não para de fazer piadas e continuará proferindo ofensas”.
A reportagem do TV Pop teve acesso ao processo protocolado na 10ª Vara Civel de Santo Amaro, em São Paulo. Os advogados de Junno pediram para que fosse concedida uma decisão liminar para que Sikêra fosse afastado de seu trabalho na emissora, ou, caso a Justiça julgasse ser mais pertinente, que o Alerta Nacional fosse impedido de ir ao ar por tempo indeterminado, sob pena de multa diária de R$ 20 mil. O juiz Carlos Eduardo Prataviera, porém, não concedeu nenhum dos apelos feitos pelo namorado de Xuxa.
“As reportagens mencionadas não se referem ao autor. A referência ao autor teria sido feita de forma indireta pelo apresentador em uma única reportagem, que não teria se referido especificamente ao nome do autor e, mesmo na suposta menção indireta a ele, ocorrida apenas em uma reportagem citada, o teor das afirmações não é suficiente para se vislumbrar perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao autor”, justificou Prataviera.
Na sequência, o juiz afirma que o pedido de Junno Andrade esbarraria em uma clara violação ao direito de liberdade de imprensa. “Tampouco há relação entre a causa de pedir e o pedido alternativo de retirada do ar do programa Alerta Nacional. Ainda que se vislumbrasse o direito do autor à retirada da reportagem ofensiva, ele não teria o condão de justificar a extinção do programa jornalístico em sua inteireza, como pretende o autor, sob pena de violação de liberdades e garantias fundamentais inerentes à imprensa”, concluiu ele.
Apesar da derrota, o ator não se deu por vencido. Seus advogados entraram com um recurso para que o pedido da liminar fosse julgado novamente, sob a alegação de que Sikêra Jr. continuará o perseguindo até que “receba uma ordem judicial” que o impeça de citar seu nome. “As ofensas irão continuar e isso abalará ainda mais a honra de Junno durante todo o andamento e finalização do processo, que sabemos que não será por pouco tempo”, apelou o advogado Carlos Fernando Neves Amorim. O pedido, mais uma vez, não foi atendido pela Justiça.
RELEMBRE O CASO
Sikêra Jr. entrou em pé de guerra com Xuxa Meneghel no final do ano passado, após o Alerta Nacional veicular uma reportagem em que um homem violentava sexualmente uma égua. O apresentador do telejornal da RedeTV! decidiu brincar com o tema, e acabou sendo recriminado pela ativista Luísa Mell, que publicou o vídeo do programa em seu perfil no Instagram, dizendo que o jornalista deveria pensar duas vezes antes de se meter em assuntos delicados.
Xuxa, que na época ainda trabalhava na Record, compartilhou a publicação feita por Luísa em sua página oficial. Foi a deixa para que Sikêra passasse a utilizar o noticiário para bater boca com a apresentadora. Durante vários dias, a atração passou a ser palco para acusações de todos os tipos: ele disse que a ex-Globo era pedófila por conta de um filme feito nos anos 1980; afirmou que a “rainha dos baixinhos” faz apologia ao uso de drogas; disparou que ela incentivava crianças a participarem de “safadezas, putaria e suruba”; dentre outros.
Em determinado momento, o contratado da RedeTV! usou o nome Jugolô para se referir a Junno Andrade, fazendo um trocadilho com a palavra gigolô — que, de acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, significa “homem que vive às custas de meretriz, ou que é sustentado por sua amante”. Foi a deixa para que ele também decidisse mover um processo contra o apresentador, com pedidos semelhantes aos feitos pela sua namorada: ela pediu duas vezes para que a Justiça retirasse o Alerta Nacional do ar, e também não teve o seu pedido acatado.